Open/Close Menu Site da Dra. Carolina Ambrogini, Ginecologista e Obstetra em São Paulo - SP, Especialista em Saúde Feminina e Sexualidade, consultório na Vila Olímpia.
Relacionamentos após a chegada dos filhos

A sensação que sentimos ao ver a imagem da família do comercial de margarina é a de harmonia, talvez por isto nos venha à mente a ideia de perfeição. A palavra é linda, mas manter a harmonia em uma família não é algo tão simples, muito menos quando envolve a criação de filhos.

O delicado equilíbrio de um casal é invariavelmente desestabilizado quando um novo integrante nasce, mesmo tendo sido este muito esperado. Todo um rearranjo de funções e códigos precisa ser feito para que surja de novo o equilíbrio.

Os papéis de pai e mãe vem impregnados de nossas próprias referências familiares e culturais nos transformando em pessoas diferentes daquelas que éramos. Por algum tempo, marido e mulher irão orbitar ao redor da criança, maravilhados com aquela intensa forma de amar e lentamente voltam a se olhar, a se reconhecer (ou não) como novos pares.

Não vou querer jogar um balde de água fria na família-margarina idealizada por nós desde sempre, acho que os filhos trazem um laço fortíssimo para o casal, mas seria muito romântica se negasse os conflitos que podem surgir com a chegada deles. É para se assustar? Não, querida leitora, é para ser realista e encarar esta nova fase com calma e naturalidade até que uma nova ordem se estabeleça. Todo casal tem seus pontos de desavenças e educar filhos exige muito jogo de cintura dos dois lados.

Saber que aquela harmonia é conquistada árdua e diariamente com muito diálogo, concessões e tolerância é sabedoria. Vá ao que é essencial para você, gaste sua energia em discussões por coisas importantes e releve as toalhas molhadas em cima da cama. Dê um pouco de liberdade para seu homem, não implique com o futebol e se permita momentos de diversão também. Vocês estão casados e não fundidos um ao outro, cada um precisa ter o seu espaço.

Algumas decepções podem aparecer com a nova conformação familiar. Ele não é aquele paizão que você imaginava? Tente ver o pai que ele pode ser, sem idealizações. Não ajuda com as tarefas de casa? Converse, neste mundo “moderno” em que a mulher também trabalha, não há vez para homem preguiçoso ou machão, sinto muito. Vocês só brigam? Faça primeiro uma reflexão sobre os seus pontos fracos e tente conversar ao invés de brigar. Escolha um momento de paz para esta conversa, assuma diante dele suas possíveis falhas e mostre-se aberta para acharem uma solução em conjunto.

Antes de desistir da relação, tente a terapia de casal. Com a ajuda de um terapeuta, a conversa é intermediada com mais neutralidade e várias técnicas podem ser utilizadas para que o casal se reencontre em meio às diferenças.
O convívio diário não é tarefa fácil mesmo para um casal que se ama, mas o final feliz é possível sim, igualzinho aquele do comercial, talvez com uma maquiagem para esconder as olheiras…

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